O @ntenados é um blog que
reúne informação e
conhecimento voltado ao
público jovem. Nosso objetivo
é buscar assuntos que façam
parte do dia a dia e do
interesse dos estudantes.

Fabiano, Fred, Leticia e Priscila
são alunos do Terceirão
do Colégio Dom Jaime Câmara

Fabiano


Fred
@fred_zip


Leticia


Priscila
 
terça-feira, 27 de julho de 2010  
Cursos Saturados

"O mercado exige cada vez mais profissionais envolvidos com o trabalho, principalmente quando não se tem muita experiência", Reinaldo Passadori.

É difícil ter como objetivo e escolha profissional um curso muito concorrido e, principalmente, saturado. Não são todos concorridos no vestibular que já estão saturados, mas os que já estão saturados serão concorridos no mercado de trabalho. Odontologia, direito, administração, jornalismo, pedagogia, a tão almejada medicina... Cursos que causam suspiros em muitos candidatos atraídos (na maioria esmagadora das vezes) pela idéia de que essas tradicionais carreiras dão dinheiro. (Muitos estudantes passam anos em cursinhos preparatórios na esperança de alcançar a sonhada vaga numa faculdade ou universidade.) É quando vocação e perspectiva salarial se embaraçam. Depois de concluírem o curso, acabam se deparando com um mercado saturado e com poucas chances de inserção.
Mas ainda há uma esperança, sempre necessitaremos de médicos, advogados e dentistas. Profissionais competentes sempre encontram seu lugar no mercado de trabalho. Mas não vá se basear nisso e pensar que só por que você tem notas boas e carisma tudo virá de mão beijada para você. Há gente demais em busca de poucas vagas e a situação fica mais acirrada a cada ano com a chegada dos egressos formados pelas Instituições de Ensino Superior espalhadas por todo o país. Na maioria dos casos as vagas de trabalho existem, mas estão longe do centro das cidades e com remunerações abaixo do esperado.
Pensando nesse assunto sobre mercados saturados fizemos uma seleção de cursos comuns que possam interessar a vocês e que se enquadram nas descrições de “saturado de profissionais na área”.
Publicitários, designers, advogados, jornalistas, atores... O que esses profissionais têm em comum? A frustração de estarem atuando em áreas nas quais faltam bons empregos e sobra talento. O diferencial aqui é a vontade de trabalhar, se comprometer com aquilo que faz, amar seu emprego. A chave de tudo aí é saber se comunicar e se lidar com as situações do dia-a-dia. "Saber se expressar, ser educado, não economizar palavras como "obrigado" e "por favor", ter espírito de grupo, acrescentar à empresa ideias inusitadas. Tudo isso é importante", diz Passadori.


Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Situação parecida, isso se não pior, vive a carreira de direito. Procurado principalmente pelo fato de a capital realizar inúmeros concursos públicos que exigem disciplinas referentes da área, o curso é um dos mais visados pelos estudantes.

O problema: grande número de universidades!

Vamos pegar como exemplo o estado do Distrito Federal, que é um núcleo em que advogados eficientes são muito necessários. Segundo Bartolomeu Rodrigues, da OAB-DF, existem aproximadamente 17 faculdades de direito no DF. Há 10 anos existiam apenas três. "Não há como saber quantos profissionais são formados a cada ano, porque nem todos conseguem passar no exame da Ordem", pondera. No entanto, Rodrigues lembra que o número de aprovados na prova da OAB tem aumentado nos últimos anos. Em 2004, foram aprovados 1.199 candidatos. No ano seguinte, 1.625. Neste ano, estima-se que 2 mil advogados conseguirão tirar a carteira da Ordem. "A OAB-DF já não dispõe de espaço físico para aplicar os exames. Hoje temos que alugar salas de colégios para conseguir acomodar todos os candidatos”. Esses conflitos não se restringem apenas ao DF, há muitos estados com a mesma situação. O aumento significativo de universidades na última década não é novidade para ninguém.

Depoimento (um tanto desanimador):

Formada há seis meses, Raquel Lopes, de 23 anos, conta do sentimento de sua turma com relação às perspectivas de trabalho. "Cerca de 90% da sala estava fazendo o curso por causa das oportunidades em concursos", lembra. Estagiária de um escritório de advocacia antes de se formar, ela se viu obrigada a largar o serviço por não ter conseguido passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Para o estudante sair da faculdade empregado tem que estar estagiando em algum escritório ou ter um contato forte", diz. Atualmente, Raquel estuda para concursos e vislumbra a possibilidade de fazer outro curso: ciências contábeis.

Coisas para animar:

Aqui umas dicas verídicas, te animando para fazer direito:

  • O estudante precisa ser habilidoso com as palavras, saber escrever e ser questionador. Além disso, ele precisa ter boa capacidade de interpretação de textos, porque deve interpretar a lei para conciliar conflitos.
  • Deve tomar cuidado com as “armadilhas”. Dentre elas, estão as faculdades de segunda linha e a acomodação.
  • O fato de ser necessária a passagem pelo exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) faz com que haja uma seleção entre as pessoas que se formam em Direito, o que traz mais segurança para a sociedade.
  • A estratégia mais eficiente é a de se especializar, já que o direito é uma disciplina vasta, abrangente e, em muitos casos, complexa.

E não fique só preso aos escritórios de advocacia não, há várias outras novas funções para um formado em direito: Juís, delegado, promotor, direito na internet, direito ambiental e etc. Vamos lá, se quer direito tem que lutar desde já!


Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Mesmo que muito fundamental para a saúde das pessoas, a atual situação do mercado de trabalho para os dentistas é delicada. Uma grande quantidade de faculdades de odontologia em funcionamento no Brasil forma um número de cirurgiões-dentistas bem maior do que o mercado de trabalho é capaz de absorver. Os profissionais saem das universidades e se deparam com poucas oportunidades de trabalho. O presidente do Conselho Regional de Odontologia, (CRO) Sérgio Valor Barbosa, alerta que enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um profissional para cada 1.500 habitantes (e, claro, em muitas regiões há bem mais que isso).

Solução?

Segundo Barbosa, “A solução para diminuir esse problema seria as faculdades e universidades realizarem seus vestibulares de dois em dois anos. Assim, daqui a alguns anos, o mercado encontraria o seu equilíbrio ideal”. E, de acordo com o professor do curso de odontologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e conselheiro do Conselho Regional de Odontologia (CRO) em Londrina, Antônio Ferelli, a situação deve se resolver dentro dos próximos dez anos. “O próprio mercado vai se encarregar de manter apenas os profissionais qualificados e esse monte de faculdades vai acabar fechando o curso por falta de alunos. Algumas faculdades particulares já não preenchem todas as vagas que oferecem.”

Alerta!

Ter familiares na profissão ajuda a entrar no mercado! Poder contar com uma clientela já formada, um nome já feito e um consultório equipado facilita a entrada de qualquer profissional no mercado de trabalho.

Depoimento positivo:

Para o estudante de odontologia, Luiz Henrique Paiva, de 21 anos, o mercado nem lhe assusta tanto assim. "Tenho boas perspectivas. O bom dentista sempre tem seu lugar", conta Paiva. Ele pretende se especializar na área cirúrgica e, mesmo com a fartura de profissionais atuando no centro de Brasília, não pretende recorrer às vagas existentes no interior do país. "Sei que no início é difícil, mas depois de algum tempo e realizando um bom trabalho os clientes virão". Se você pensa como Paiva, vá em frente e seja um excelente odontólogo seguindo nossas dicas aqui. E boa sorte!

Excelente dica!

O mercado de trabalho para dentistas pode ir além de consultórios! Entre as opções de trabalho, o formando pode atender pacientes em consultório particular, em empresas ou associações. Outras possibilidades são seguir a carreira de ensino e pesquisa em faculdades ou trabalhar em serviço público. "Atuar na coordenação de programas dentários escolares, no atendimento à população em geral, em postos de saúde, ou como legista, são caminhos adotados por muitos formados", comenta o coordenador do curso de Odontologia do campus de Araçatuba, Celso Koogi Sonoda.

Porém o que mais preocupa nem é isso,é o fato de que há dentistas demais em consultórios particulares nos centros urbanos muito inchados. "O odontologista competente, porém, tem a possibilidade de se realizar em regiões mais distantes e menos assistidas", comenta Rosilene Fernandes da Rocha, professora do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia da Unesp, campus de São José dos Campos, São Paulo. O legal seria atender em postos de saúde e em hospitais para acelerar a nossa rede pública de saúde. Não são todos que podem pagar um dentista. Você não irá ganhar tanto assim, mas para quem quer ajudar isso não é problema. Agora, se você quer dinheiro, atenda o público e tenha um consultório particular. Você irá garantir sua aposentadoria e um monte de pessoas felizes, com sorriso bonito. :D

Melhores Universidades para se cursar :: Vídeo sobre a Profissão

Pois é, mais um curso que muita gente gostaria de fazer. Mas para fazer medicina veterinária não basta apenas gostar de animais, tem que se levar a sério e encarar todas as possibilidades, como diz Deodoro, que terminou o curso de medicina veterinária há dois anos. “Para ser médico veterinário não basta gostar de animais, tem que ter paciência, competência e ser emocionalmente estável, pq os animais não chegam sempre lindos e abanando o rabo pra vc. Eles chegam atropelados precisando da sua ajuda, e vc tem que saber proporcionar o melhor atendimento a ele.”

Mas por que o mercado está inchado aqui também? É só olhar em volta e ver a quantidade de clínicas veterinárias em seu bairro (pelo menos é assim em São José/SC). O ideal seria amar não só cães e gatinhos fofos, mas sim todos os animais, é, aqueles de fazenda. Gados, cavalos, caprinos, suínos... Nesse caso a oportunidade de emprego pode ser um pouco maior. Como confirma o médico veterinário Diego Severo, que trabalha nos Laboratórios Vencofarma do Brasil, no Estado de Goiás, considera, entretanto, que o mercado encontra-se saturado nos grandes centros do País. Já no Interior do Brasil, o cenário é bem diferente. "Há um aumento de demanda por profissionais no Interior, em função da boa fase que o Brasil vive na área de produção de alimentos", avalia.

Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Mercado saturado em psicologia? Como assim?! Pois é, não tão saturado quanto os citados acima, mas já está se saturando na psicologia clínica. Emprego não está fácil para ninguém, por que com os psicólogos seria diferente? Só que, essa profissão tem uma vantagem: diversas possibilidades de trabalho como em hospitais, clínicas, instituições, colégios e até em investigações criminais.

A psicóloga Denise Melo também concorda com a farta concorrência. Para ela, isso é conseqüência da falta de oportunidades locais. “Você se forma e quer arrumar um emprego. O psicólogo tem essa vantagem de poder abrir sua própria clínica. É o imediatismo da profissão e também um lugar assegurado no mercado de trabalho”, alega a profissional.


Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Em tempos atuais, o curso de enfermagem tem suas funções ampliadas. Antes, tratava-se de uma profissão onde prevalecia a mulher, que tinha como função simplesmente cuidar de um paciente.

Mas em tempos atuais a enfermagem é muito mais do que isso: é uma profissão exercida por ambos os sexos, onde o grau de especialização do profissional trará suas devidas funções, que podem chegar ao nível de liderar equipes de enfermagem.

Embora poucos saibam, o curso de enfermagem, além de ser muito rígido em sua rotina, encontra-se saturado nos tempos atuais, ocasionando a forte concorrência. Entretanto, algumas das áreas do curso tem se mostrado mais requisitadas e fáceis na obtenção de um emprego, como é o caso da ascendente Enfermagem Geriátrica, que visa os cuidados com a saúde da terceira idade (elevada devido o processo de envelhecimento da população brasileira).

Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

A hotelaria sempre foi uma profissão vista como pouco promissora, já que além de ser pouco requisitada continha um número baixo de alunos. Entretanto, no mundo globalizado o curso de hotelaria vem se tornando mais procurado, principalmente em países com um forte turismo, como o próprio Brasil.

Aquele que se forma nesse curso terá a responsabilidade de dirigir e garantir o funcionamento de hotéis, resorts e spas, por exemplo, garantindo sempre aos visitantes a acomodação necessária.

Tendo em vista o mercado de trabalho brasileiro para o curso, é possível perceber, principalmente na próxima década, uma enorme expansão, quebrando a saturação antes prevista por muitos. O motivo? A realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Portanto aqueles que nos próximos anos decidirem seguir o curso certamente estarão tomando uma boa decisão.

Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Encontramos com o jornalismo uma profissão que nos dias atuais dirige-se principalmente para a “cultura midiática”, ou seja, que atenda a mídia. Os principais órgãos de atuação são: empresas, redes de rádio e televisão, imprensa ou até em redações de jornais; onde todas seguem um mesmo objetivo: manter os outros atualizados, e de forma precisa.

Com os processos de desenvolvimento da tecnologia e da própria mídia, o mercado de trabalho jornalístico tem reunido cada vez mais adoradores e seguidores do curso, o que acaba ocasionando uma ascendente saturação. Para que você possa ingressar no mercado de trabalho jornalístico com uma maior facilidade, aconselha-se que o aluno realize estágios enquanto faz o curso. Essa decisão certamente irá lhe render muitos pontos quando o assunto é ingressar no mercado de trabalho.

Teste Vocacional :: Vídeo sobre a Profissão

Como foi visto pelo austríaco Peter Drucker (vide biografia aqui), reconhecido como pai da administração moderna e grande pensador do fenômeno da Globalização, o ramo da administração é visto como a “profissão do futuro”.

Nos tempos atuais, esse ramo de trabalho mostra-se cada vez mais importante e atuante no mercado de trabalho em geral. Esse fenômeno ocorre pois praticamente todas as áreas do mercado moderno precisam de um profissional capaz de planejar e gerenciar o estabelecimento, além de auxiliar no lucro e na obtenção de mão-de-obra eficiente.

Mediante sua enorme importância, seu mercado de trabalho está se tornando cada vez mais amplo, e infelizmente cada vez mais excludente. São cerca de 2 milhões de brasileiros formando-se a cada ano.

Evidenciada a saturação em tal curso, os estabelecimentos em geral acabam contratando principalmente aqueles que contenham um grande conjunto de conhecimentos, além de ser especializado.

"A vida em grupo pressupõe maturidade. É preciso saber ouvir, ter bom senso, tomar cuidado com o que se fala e quando se fala, não agir por impulso, saber se controlar, dar importância para a opinião alheia e se conhecer. Apenas com o autoconhecimento é possível reconhecer seus pontos positivos e negativos, para que uma atitude seja tomada em direção à melhoria". Não seja do tipo de pessoa inconveniente, que fala demais ou fala na hora errada, que gosta de uma fofoca ou que age com falsidade e crueldade, seja ético, mas esperto, que você chega lá. ;)
Por hoje foi isso pessoal! Quem estranhou a falta do 'Para saber mais' pode acompanhar os links que colocamos em baixo de cada profissão que abordamos hoje.
Até a próxima!

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Postado por Leticia @ 13:03
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terça-feira, 20 de julho de 2010  
Vagas de EmpregoXCandidatos Competentes


“Os profissionais capacitados, sem dúvida, conseguirão trabalho”, Airton Salim.

E aí, pessoal @ntenado? Tudo bom? O post da semana é sobre as oportunidades de trabalho não aproveitadas, ou seja, sobre a falta de capacitação necessária em muitas áreas do mercado, que ocasiona um déficit de profissionais.

Se forçarmos a barra, podemos dizer que de fato tudo começou na Pré-História, quando o homem procurava – sem sucesso – fazer da matéria-prima um bem de consumo. Vale destacar a formação da roda (importante instrumento de transporte) e o início das divisões de trabalho como os grandes avanços da época.

Mas significavelmente falando, o verdadeiro surgimento da imagem de uma “INDÚSTRIA” se fez presente no Século XVIII, na chamada Revolução Industrial, chefiada pela Inglaterra. O Setor Primário (que abriga a agropecuária) perde grande parte de seu local no espaço econômico do país. A bola da vez para o crescimento econômico é a indústria, que através de novas tecnologias e máquinas consegue expandir-se por todo o mundo, gerando o chamado “Processo de Industrialização”.
Ao longo dos anos esse mesmo processo alcança o Brasil, e com a passar dos anos, vemos nos dias atuais uma economia calcada principalmente em um mecanizado, desenvolvido e tecnológico Setor Secundário, com uma grande quantidade de vagas sobrando (além do Sistema Terciário, que vem crescendo nos últimos tempos também).

O que era uma indústria que antes se baseava apenas nos setores têxteis e hidráulicos expandiu-se ao longo dos anos, alcançando nos tempos atuais centenas de sub-setores. Nos tempos atuais podemos destacar os setores tecnológicos como o mais promissor sub-setor industrial. Veja abaixo um gráfico com as principais ondas de inovações tecnológicas da economia industrial:


> Influência da grande crise econômica entre 2008-2009

O mundo testemunhou entre os anos de 2008 e 2009 uma das maiores crises econômicas já vividas pela raça humana, atingindo uma escala global. O Brasil certamente foi um dos países menos afetados: conseguiu ser um dos últimos a entrar na crise e um dos primeiros a sair dela. Mesmo assim, uma série de desempregos acabou afetando todos os setores, sobretudo, o industrial.

Citemos como exemplo o setor industrial paulista, que em 2008 teve um saldo de -0,27% no nível de empregos, o que significou a perda de milhares de vagas (principalmente no mês de dezembro do mesmo ano).

Em um contexto geral, o setor industrial acabou tendo uma grave redução de 11,6% entre o último trimestre de 2008 e o primeiro semestre de 2009, o que acarretou uma queda de mais de 4% no PIB brasileiro.
O vídeo abaixo exemplifica bem o que aconteceu nesse período:




> E o que acontece hoje?


Mesmo com a crise já tendo atingido seu término, suas conseqüências se vem presentes até os dias atuais, sobretudo quando tratamos do setor industrial. Por todo território brasileiro encontramos grandes números de vagas sobrando, principalmente na região Sudeste (central industrial brasileira).

Tendo novamente o estado de São Paulo como exemplo, dados atuais mostram que o saldo de empregos do Setor Secundário continua negativo com relação à época de pré-crise. A taxa de emprego permanece em 5% abaixo do patamar de setembro de 2008, mês em que a crise solidificou-se. (fonte: O Globo)

Segundo previsões da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) a grande perda de empregos pela crise só será retomada em todo Brasil no primeiro trimestre de 2011, sendo precoce em São Paulo, já em dezembro desse ano. (fonte: Folha Online)

Há empresas que acreditam ser “um grande desafio” encontrar profissionais qualificados para a indústria, pois há grande falta de profissionais especializados, ou melhor, formados para tais funções. A falta de mão de obra, que já era uma constante na construção civil, está afetando outras áreas como, por exemplo, a de produção de equipamentos industriais, de alimentos, desenvolvimento de produtos e programas. No varejo, até mesmo para preencher cargos essenciais à reposição de estoques e operação de caixa, os patrões é que estão correndo atrás de candidatos a vagas. 88,3% das empresas relatam que enfrentam dificuldades de recrutamento e contratação para aérea operacional. Essas dificuldades atingem 100% das indústrias de vestuário, metalúrgica, siderúrgica e serviços de reparação de veículos. 97,6% os setores de alimentos e bebidas. 85,7% produção de energia elétrica e 62,5% segmento de artefatos de couro.

O que falta?

A escolaridade formal e a capacitação profissional de qualidade passaram a ser fundamentais para que o profissional tenha algum êxito no mercado de trabalho. Atualmente, exige-se do profissional, mesmo que já nas fábricas, não só a habilidade em operar uma máquina, mas também conhecimentos que o possibilitem dominar a tecnologia do equipamento, detectar falhas e defeitos, além de participar do processo que leva à solução do problema.

O porquê!

Salários baixos podem ser uma explicação a mais, na visão dos candidatos e profissionais que atuam em áreas industriais. Quanto maior a sua especialização, maior seu salário, certo? Nem tanto. Um gerente de uma indústria ganha em torno de 2.000 reais e tem muito trabalho a fazer. Quem possui ensino superior e alguma língua estrangeira obviamente consegue um piso salarial melhor.

O vídeo a seguir fala sobre cidades no Nordeste, mas exemplifica e explica exatamente o que acabamos de dizer.




> Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física – Regional (PIM-PF):

A “PIM-PF” trata-se do órgão responsável, desde a década de 70, por divulgar mensalmente os índices de produção industrial no Brasil. Sua última reformulação ocorreu em 2004, tendo como grandes objetivos, segundo o IBGE, de “atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 1996; e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no triênio 1998/2000 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste.”. (fonte: IBGE)

Tal órgão atualmente atua nos Estados de: Amazonas, Pará, Nordeste, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.

> Indústria Automotiva

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), são poucos os profissionais que dominam as ferramentas de qualidade utilizadas por montadoras, e por indústrias sistemistas e de autopeças. Precisasse que, para que se haja um profissional qualificado nesse tipo de indústria, passe por três modalidades de curso: Aprendizagem, qualificação e técnico em manutenção automotiva. O único curso conhecido pela maioria dos funcionários entrevistados é o de aprendizagem, oferecido pelo Senai, que é gratuito e destinado à pessoas que já trabalham nas empresas do setor e são indicadas para fazerem formação.

“Quando o aluno conclui o primeiro semestre do curso ele já é contratado” Diz o gerente de formação profissional do Senai, Cláudio Tavares. Segundo ele, o curso ensina os alunos a pensar e a abrir a mente para novos aprendizados, qualidade essencial no setor. “É uma área de atualização constante. É preciso pesquisar, se interessar e inovar”, alerta. Já a formação de técnico em manutenção automotiva dura dois anos e é paga em vinte parcelas de trezentos e dois reais e cinqüenta centavos, além de, para ingressar no curso, ter que fazer uma prova de conhecimentos em português e matemática, concorrendo por uma das vinte vagas disponíveis.

Conclusão: Não é fácil se especializar. Consequência: Segundo o Procon do Distrito Federal, cerca de 58% das reclamações feitas em 2010 são referentes a serviços não concluídos, fornecidos parcialmente e de retorno devido a problemas no reparo feito de forma ineficiente. E ainda estamos só na metade deste ano!

> EM SUMA – Razões pela falta de profissionais no setor industrial:

· Crise Financeira mundial entre 2008-2009, tendo suas conseqüências estagnadas no mercado até hoje;

· A falta de mão-de-obra especializada para atender o exigente mercado de trabalho atual;

· O fato de que uma importante parcela dos trabalhadores especializados é contratada por países do exterior, o que ocasiona um empobrecimento na economia brasileira.






> Objetivos da Equipe

Depois de tantos posts, a equipe do @ntenados conta o próprio ponto de vista sobre a indústria, contando no que nós mesmos queremos nos profissionalizar:

Fabiano:
“Tendo em vista o assunto explorado nessa postagem, acabei formando a seguinte opinião de que um excelente segmento para trabalhar-se em uma indústria seria o sub-setor tecnológico, que cada vez mais tem ganhado seu espaço no comércio. Realmente é um segmento que tende a se tornar ainda mais promissor, absorvendo cada vez mais uma mão-de-obra especializada”.

Priscila:
“Particularmente nunca pensei em arrumar emprego em uma indústria, pois a área em que pretendo atuar no futuro não tem muito a ver com o assunto. Mas, fiz uma pesquisa mesmo assim e a conclusão que cheguei foi em engenheiro de manutenção, pelo salário de 7.000 reais e pela carga horária não ser fixa. Escolhi este emprego mais pelo salário e também por que me identifiquei com as funções desse tipo de profissional. E, além disso, notei que os empregos que oferecem melhor salário e melhores condições exigem sim curso superior. No meu caso hipotético ali, seria a engenharia mecânica.”

Leticia:
"Acho que o mercado que eu me identifico é o artístico visual, relacionando isso com as oportunidades e a disponiblididade de emprego hoje, descobri que queria cursar Design Gráfico, por ser relacionado a informática e ao marketing de vendas de produtos."






> Tabela da Produção Física Industrial do Brasil em Maio de 2010
> Lista (em pdf) dos Sub-Setores Industriais do Brasil pelo IBGE

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Postado por Leticia @ 08:32
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terça-feira, 13 de julho de 2010  
Instituições de Ensino e Diversidade de Cursos

Olá pessoal, nos encontramos novamente aqui no @ntenados no conhecimento. Quem anda acompanhando os assuntos do blog percebeu que os posts possuem certa linha de raciocínio e que estão em torno da escolha profissional e pessoal de cada um. Pois é, já te ajudamos (espero) na questão da segurança na hora de escolher, diferença entre curso técnico e superior e como anda o mercado de trabalho. Então vem outra cruel questão: São muitos cursos e muitas universidades! O que devo escolher afinal? No post anterior demos umas dicas sobre os diferentes tipos de ensino superior e de como escolher o seu. Nessa semana falaremos sobre as instituições de ensino e a diversidade de cursos.

A UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), por exemplo, oferece cerca de 80 cursos (dados de 2009). 82 CURSOS! E não duvidemos que haja universidades com índices maiores ainda. Hoje em dia, há cada vez mais especializações em áreas cada vez mais específicas. Antigamente, fazia-se um curso superior “genérico” e, com ele, podia-se trabalhar em tantas áreas que hoje teríamos que cursar uns cinco cursos diferentes para exercer a mesma função. O que queremos dizer é que está cada vez mais difícil escolher especificamente o que se quer da vida profissional.

Os cursos estão se tornando mais específicos e ao mesmo tempo, diferenciados. Cursos inovadores com focos em mercados atualizados são cada vez mais presentes. Os cursos de Design de Jogos e Entretenimento Digital, Cosmetologia e Estética e Gestão de Negócios do Surf oferecidos pela Univali, são exemplos. Os três dão formação de Tecnólogos, termo que explicamos no post anterior. Quem busca esse tipo de curso, deve procurar essencialmente cursos técnicos em universidades privadas, que, geralmente, são as mais abertas ao oferecimento de cursos não tradicionais.

O que nos leva a uma antiga discussão: Universidade Pública ou Particular? Muitos mitos e especulações rondam por esse assunto, vamos entender o porquê. O ensino Superior Público no Brasil é o único que realmente oferece qualidade comparável (e até superior) ao particular. Então, é óbvio que, se você tem qualidade em ambos, muita gente (e possivelmente seus pais) irá preferir a instituição Pública por uma questão de economia doméstica.

Por outro lado, a universidade privada absorve quem não passou no vestibular para a instituição pública, quem recorreu ao um curso exclusivo daquela instituição ou quem tem condição financeira para escolher aquela universidade por qualquer motivo. Motivo que muitas vezes, é a qualidade. Por mais que as instituições públicas tenham uma grande presença e respeito, às vezes, questões que dependem de investimento interno deixam a desejar. Como infraestrutura, por exemplo.

Assim como a escolha do curso, a escolha da instituição é muito pessoal. Você pode descobrir que o mesmo curso tem enfoques diferentes em instituições diferentes. Abaixo, vamos dar algumas dicas de como começar a pesquisar sobre um curso em determinada instituição e ensino.


Hoje ficamos por aqui, esperando ter ajudado você a decidir onde e o que estudar. Não pudemos simplesmente dizer onde é melhor, são muitos cursos e universidades. Mas através de nossas dicas, esperamos que você possa pesquisar e decidir com mais clareza. Por fim, deixamos links de algumas instituições de ensino catarinenses pra você pesquisar como propusemos. Boa sorte!

Universidades na Grande Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina (Federal) - www.ufsc.br
Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina (Particular) - www.sc.estacio.br
Universidade do Estado de Santa Catarina (Estadual) - www.sc.estacio.br
Universidade do Sul de Santa Catarina (Particular) - www.unisul.br
Associação de Ensino de Santa Catarina (Particular)- www.assesc.edu.br
Universidades no Interior Catarinense
Universidade do Oeste de Santa Catarina (Particular) – www.unoesc.rct-sc.br - Chapecó
Universidade da Região de Joinville (Particular) - www.univille.br – Joinville
Universidade Regional de Blumenau (Particular)- www.furb.rct-sc.br - Blumenau





> Lista dos Vencedores do Prêmio Guia do Estudante 2009, que premia as melhores universidades do país.
> Portal interativo do MEC com todos os cursos regulamentados, onde você pode escolher por região.

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Postado por Leticia @ 09:39
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terça-feira, 6 de julho de 2010  
Curso Superior

“Uma boa graduação é aquela que prepara para a vida, não para o mercado.”

Com a frase acima começamos mais um post semanal, dessa vez, abordando o tema Cursos Superiores. Um assunto já saturado, mas que a gente vai tentar te fazer ver de forma diferente, abrindo sua cabeça para as oportunidades que você tem, não só de ganhar dinheiro, mas conhecimento.

O ensino superior no Brasil iniciou-se de forma limitada, no período colonial, tendo cursos apenas de Filosofia e Teologia, ministrados somente por jesuítas. Esses eram o único conhecimento que a metrópole permitia transmitir.

A vinda da Família Real em 1808 foi uma porta para muitos novos cursos, como engenharia e medicina, todos gratuitos (custeado por impostos cobrados da população). O período imperial teve poucos avanços, já que a economia da época era calcada na agro-exportação (prática que não exigia um alto grau de especialização). Problemas financeiros impediram o Brasil de desenvolver sua educação no início de seu período de República. Entretanto, na Era Vargas foi possível perceber um grande desenvolvimento dos cursos superiores a partir da fundação do Ministério da Educação e Saúde (em 1930), e principalmente pela criação do Estatuto das Universidades Brasileiras, que procura oficializar e incentivar a criação de novas universidades.

Idas e vindas, o governo do Brasil muda, e novas decisões e melhorias na educação surgem. Universidades por todo o país surgem, cada vez mais modernizadas e com uma maior variedade de cursos e especializações. Além de a demanda por formados com ensino superior tenha crescido, cresceu também a exigência do mercado, tendo em vista, que quanto mais profissionais estão disponíveis, maior é a concorrência, e de certa forma se aplica a lei da oferta e da procura.

O que acontece é que não adianta um profissional ter um diploma, e esse não ateste a real capacidade do individuo de exercer determinado cargo ou função. Quanto mais formados sem qualificação, mais longe o Brasil ficará do ensino de excelência, esse problema pode ser resolvido com a fiscalização dos órgãos responsáveis perante esses cursos. Enquanto isso, você pode fazer a sua parte para garantir seu futuro, pesquisando boas instituições em vez de optar pela mensalidade mais barata.

A partir daí, a busca pelo seu tão desejado local no mercado de trabalho começará com a Graduação, seu primeiro nível universitário. Em seguida o mesmo especializa-se a partir dos “Cursos de Graduação”, que são:
Em seguida encontramos a Pós-Graduação, cursada para aqueles que concluírem a Graduação (assim como seus 3 principais cursos). A Pós-Graduação divide-se em 2 momentos distintos:
  • Lato Sensu – Dura mais de 350 horas. Caracteriza-se pela especialização do profissional;
  • Stricto Sensu - Divide-se nos conhecidos Mestrados (que em um estudo de no mínimo de 2 anos permitirá que um formando passe a lecionar nas faculdades ou universidades) e os Doutorados (estudo de 4 anos caracterizado por pesquisas e a formulação de uma tese por parte do aluno).
Além, de te mostrar várias visões de mundo e te infiltrar numa rede de conhecimento que você dificilmente participaria sem a Universidade, o curso superior tem que te tornar um profissional. Ou seja, dar bagagem para que você arrume um bom emprego. Aqui vão as nossas dicas, ou melhor, coisas que devem ser levadas em conta na hora de escolher um curso superior:

Para terminar, deixamos os links de sempre, que essa semana estão muito interessantes para todo mundo que leu o post. Sugerimos mesmo.





> Artigo Depoimento de Frederick Van Amstel falando sobre sua opção de curso superior e o que ele levou de toda a experiência universitária.
> Artigo do site Educar para Crescer com dicas muito interessantes sobre como avaliar um curso superior
> Artigo Como escolher o curso superior ideal, por Aline Gonçalves. Diz o que você realmente deve levar em conta nessa escolha.

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Postado por Leticia @ 16:42
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