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Fabiano, Fred, Leticia e Priscila
são alunos do Terceirão
do Colégio Dom Jaime Câmara

Fabiano


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Leticia


Priscila
 
terça-feira, 20 de julho de 2010  
Vagas de EmpregoXCandidatos Competentes


“Os profissionais capacitados, sem dúvida, conseguirão trabalho”, Airton Salim.

E aí, pessoal @ntenado? Tudo bom? O post da semana é sobre as oportunidades de trabalho não aproveitadas, ou seja, sobre a falta de capacitação necessária em muitas áreas do mercado, que ocasiona um déficit de profissionais.

Se forçarmos a barra, podemos dizer que de fato tudo começou na Pré-História, quando o homem procurava – sem sucesso – fazer da matéria-prima um bem de consumo. Vale destacar a formação da roda (importante instrumento de transporte) e o início das divisões de trabalho como os grandes avanços da época.

Mas significavelmente falando, o verdadeiro surgimento da imagem de uma “INDÚSTRIA” se fez presente no Século XVIII, na chamada Revolução Industrial, chefiada pela Inglaterra. O Setor Primário (que abriga a agropecuária) perde grande parte de seu local no espaço econômico do país. A bola da vez para o crescimento econômico é a indústria, que através de novas tecnologias e máquinas consegue expandir-se por todo o mundo, gerando o chamado “Processo de Industrialização”.
Ao longo dos anos esse mesmo processo alcança o Brasil, e com a passar dos anos, vemos nos dias atuais uma economia calcada principalmente em um mecanizado, desenvolvido e tecnológico Setor Secundário, com uma grande quantidade de vagas sobrando (além do Sistema Terciário, que vem crescendo nos últimos tempos também).

O que era uma indústria que antes se baseava apenas nos setores têxteis e hidráulicos expandiu-se ao longo dos anos, alcançando nos tempos atuais centenas de sub-setores. Nos tempos atuais podemos destacar os setores tecnológicos como o mais promissor sub-setor industrial. Veja abaixo um gráfico com as principais ondas de inovações tecnológicas da economia industrial:


> Influência da grande crise econômica entre 2008-2009

O mundo testemunhou entre os anos de 2008 e 2009 uma das maiores crises econômicas já vividas pela raça humana, atingindo uma escala global. O Brasil certamente foi um dos países menos afetados: conseguiu ser um dos últimos a entrar na crise e um dos primeiros a sair dela. Mesmo assim, uma série de desempregos acabou afetando todos os setores, sobretudo, o industrial.

Citemos como exemplo o setor industrial paulista, que em 2008 teve um saldo de -0,27% no nível de empregos, o que significou a perda de milhares de vagas (principalmente no mês de dezembro do mesmo ano).

Em um contexto geral, o setor industrial acabou tendo uma grave redução de 11,6% entre o último trimestre de 2008 e o primeiro semestre de 2009, o que acarretou uma queda de mais de 4% no PIB brasileiro.
O vídeo abaixo exemplifica bem o que aconteceu nesse período:




> E o que acontece hoje?


Mesmo com a crise já tendo atingido seu término, suas conseqüências se vem presentes até os dias atuais, sobretudo quando tratamos do setor industrial. Por todo território brasileiro encontramos grandes números de vagas sobrando, principalmente na região Sudeste (central industrial brasileira).

Tendo novamente o estado de São Paulo como exemplo, dados atuais mostram que o saldo de empregos do Setor Secundário continua negativo com relação à época de pré-crise. A taxa de emprego permanece em 5% abaixo do patamar de setembro de 2008, mês em que a crise solidificou-se. (fonte: O Globo)

Segundo previsões da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) a grande perda de empregos pela crise só será retomada em todo Brasil no primeiro trimestre de 2011, sendo precoce em São Paulo, já em dezembro desse ano. (fonte: Folha Online)

Há empresas que acreditam ser “um grande desafio” encontrar profissionais qualificados para a indústria, pois há grande falta de profissionais especializados, ou melhor, formados para tais funções. A falta de mão de obra, que já era uma constante na construção civil, está afetando outras áreas como, por exemplo, a de produção de equipamentos industriais, de alimentos, desenvolvimento de produtos e programas. No varejo, até mesmo para preencher cargos essenciais à reposição de estoques e operação de caixa, os patrões é que estão correndo atrás de candidatos a vagas. 88,3% das empresas relatam que enfrentam dificuldades de recrutamento e contratação para aérea operacional. Essas dificuldades atingem 100% das indústrias de vestuário, metalúrgica, siderúrgica e serviços de reparação de veículos. 97,6% os setores de alimentos e bebidas. 85,7% produção de energia elétrica e 62,5% segmento de artefatos de couro.

O que falta?

A escolaridade formal e a capacitação profissional de qualidade passaram a ser fundamentais para que o profissional tenha algum êxito no mercado de trabalho. Atualmente, exige-se do profissional, mesmo que já nas fábricas, não só a habilidade em operar uma máquina, mas também conhecimentos que o possibilitem dominar a tecnologia do equipamento, detectar falhas e defeitos, além de participar do processo que leva à solução do problema.

O porquê!

Salários baixos podem ser uma explicação a mais, na visão dos candidatos e profissionais que atuam em áreas industriais. Quanto maior a sua especialização, maior seu salário, certo? Nem tanto. Um gerente de uma indústria ganha em torno de 2.000 reais e tem muito trabalho a fazer. Quem possui ensino superior e alguma língua estrangeira obviamente consegue um piso salarial melhor.

O vídeo a seguir fala sobre cidades no Nordeste, mas exemplifica e explica exatamente o que acabamos de dizer.




> Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física – Regional (PIM-PF):

A “PIM-PF” trata-se do órgão responsável, desde a década de 70, por divulgar mensalmente os índices de produção industrial no Brasil. Sua última reformulação ocorreu em 2004, tendo como grandes objetivos, segundo o IBGE, de “atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 1996; e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no triênio 1998/2000 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste.”. (fonte: IBGE)

Tal órgão atualmente atua nos Estados de: Amazonas, Pará, Nordeste, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.

> Indústria Automotiva

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), são poucos os profissionais que dominam as ferramentas de qualidade utilizadas por montadoras, e por indústrias sistemistas e de autopeças. Precisasse que, para que se haja um profissional qualificado nesse tipo de indústria, passe por três modalidades de curso: Aprendizagem, qualificação e técnico em manutenção automotiva. O único curso conhecido pela maioria dos funcionários entrevistados é o de aprendizagem, oferecido pelo Senai, que é gratuito e destinado à pessoas que já trabalham nas empresas do setor e são indicadas para fazerem formação.

“Quando o aluno conclui o primeiro semestre do curso ele já é contratado” Diz o gerente de formação profissional do Senai, Cláudio Tavares. Segundo ele, o curso ensina os alunos a pensar e a abrir a mente para novos aprendizados, qualidade essencial no setor. “É uma área de atualização constante. É preciso pesquisar, se interessar e inovar”, alerta. Já a formação de técnico em manutenção automotiva dura dois anos e é paga em vinte parcelas de trezentos e dois reais e cinqüenta centavos, além de, para ingressar no curso, ter que fazer uma prova de conhecimentos em português e matemática, concorrendo por uma das vinte vagas disponíveis.

Conclusão: Não é fácil se especializar. Consequência: Segundo o Procon do Distrito Federal, cerca de 58% das reclamações feitas em 2010 são referentes a serviços não concluídos, fornecidos parcialmente e de retorno devido a problemas no reparo feito de forma ineficiente. E ainda estamos só na metade deste ano!

> EM SUMA – Razões pela falta de profissionais no setor industrial:

· Crise Financeira mundial entre 2008-2009, tendo suas conseqüências estagnadas no mercado até hoje;

· A falta de mão-de-obra especializada para atender o exigente mercado de trabalho atual;

· O fato de que uma importante parcela dos trabalhadores especializados é contratada por países do exterior, o que ocasiona um empobrecimento na economia brasileira.






> Objetivos da Equipe

Depois de tantos posts, a equipe do @ntenados conta o próprio ponto de vista sobre a indústria, contando no que nós mesmos queremos nos profissionalizar:

Fabiano:
“Tendo em vista o assunto explorado nessa postagem, acabei formando a seguinte opinião de que um excelente segmento para trabalhar-se em uma indústria seria o sub-setor tecnológico, que cada vez mais tem ganhado seu espaço no comércio. Realmente é um segmento que tende a se tornar ainda mais promissor, absorvendo cada vez mais uma mão-de-obra especializada”.

Priscila:
“Particularmente nunca pensei em arrumar emprego em uma indústria, pois a área em que pretendo atuar no futuro não tem muito a ver com o assunto. Mas, fiz uma pesquisa mesmo assim e a conclusão que cheguei foi em engenheiro de manutenção, pelo salário de 7.000 reais e pela carga horária não ser fixa. Escolhi este emprego mais pelo salário e também por que me identifiquei com as funções desse tipo de profissional. E, além disso, notei que os empregos que oferecem melhor salário e melhores condições exigem sim curso superior. No meu caso hipotético ali, seria a engenharia mecânica.”

Leticia:
"Acho que o mercado que eu me identifico é o artístico visual, relacionando isso com as oportunidades e a disponiblididade de emprego hoje, descobri que queria cursar Design Gráfico, por ser relacionado a informática e ao marketing de vendas de produtos."






> Tabela da Produção Física Industrial do Brasil em Maio de 2010
> Lista (em pdf) dos Sub-Setores Industriais do Brasil pelo IBGE

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Postado por Leticia @ 08:32

11 Comentário(s)

Anonymous Gustavo J. disse...

Olá antenados! Venho acompanhando o blog de vocês há algum tempo, e acho que ele tá ficando muito massa! Esse post é de um tema que me interessa muito, particurlarmente, já que já pensei na hipótese de trabalhar em uma indústria. :)
Valeu!

21 de julho de 2010 às 17:17  

Anonymous Anônimo disse...

Nossa véi. Eu num imaginava q a industria automotiva tinha esses problemas aí naum. Meu pai fez esse curso aí no senai e tipo, eu to pensando em fazer tbm. Legal vcs comentarem issu. Vou ficar mais esperto sobre issu O post tah massa.

21 de julho de 2010 às 17:21  

Anonymous Laura :3 disse...

O blog tá muito tri cara! Adorei!! Vcs tão arrazando! E quem foi que fez o design dele? Tá muito show cara!! Os textos tão mutio bem estruturados também!! Abraço!!

21 de julho de 2010 às 17:26  

Anonymous João Carlos disse...

Então pessoal do antenados, andei visitando uns blogs concorrentes desse concurso da its. Um amigo me falou do concurso e eu até pensei em me inscrever, mas não o fiz. Enfim, pelo o que eu ando acompanhando por aí, o blog de vocês tá muito bom na questão do conteúdo. O estilo está bonito também. Uma boa dica é vocês arrumarem mais opiniões e entrevistas para por nos posts que nem vocês fizeram nesse aqui, ia ficar bem massa! Um abraço, João Carlos.

21 de julho de 2010 às 17:30  

Anonymous Anônimo disse...

Tá massa o blog, não parem de postar, vocês já me ajudaram bastante até agora na minha escolha profissional! Achei o blog de vocês por acaso e gostei. Continuem com o bom trabalho. ;D

21 de julho de 2010 às 17:32  

Anonymous Tinho disse...

Legal :)

21 de julho de 2010 às 17:34  

Anonymous Pedro disse...

gostei desse post

22 de julho de 2010 às 17:40  

Anonymous Arthur disse...

muito bom esse blog

26 de julho de 2010 às 06:44  

Anonymous Manu disse...

ESSE POSTFICOU IRADO! ACHEI AS DICAS MUITO BOAS, VCS SAO 10!

3 de agosto de 2010 às 14:47  

Anonymous Ana disse...

esses posts estão muito bons mesmo, vocês escrevem muito bem! achei tudo muito organizado e explicativo, parabens!

3 de agosto de 2010 às 14:51  

Anonymous Roberto disse...

Novamente passo para ver o post, e vejo mais um bom trabalho. Gostei de ver a pesquisa e os depoimentos dos membros. Ainda fiquei surpreso com a infinidade de subsetores industrias, muitos deles que eu nem conhecia. Parabéns à todos pelo trabalho.

3 de agosto de 2010 às 14:59  

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